Arte

Arte (Latim Ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é entendida como a actividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores, dando um significado único e diferente para cada obra de arte.

Definições

A definição de arte varia de acordo com a época e a cultura. Pode ser separada ou não em arte rupestre, como é entendida hoje na civilização ocidental, do artesanato, da ciência, da religião e da técnica no sentido tecnológico.

Assim, entre os povos ditos primitivos, a arte, a religião e a ciência estavam juntas na figura do xamã, que era artista (músico, ator, poeta, etc.), sacerdote e médico. Originalmente, a arte poderia ser entendida como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para realizar determinadas habilidades.

Este era o sentido que os gregos, na época clássica (século V a.C.), entendiam a arte: não existia a palavra arte no sentido que empregamos hoje, e sim "tekné", da qual originou-se a palavra "técnica" nas línguas neo-latinas. Para eles, havia a arte, ou técnica, de se fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios. Neste sentido, é a acepção ainda hoje usada no termo artes marciais.

No sentido moderno, também podemos incluir o termo arte como a atividade artística ou o produto da atividade artística. Tradicionalmente, o termo arte foi utilizado para se referir a qualquer perícia ou maestria, um conceito que terminou durante o período romântico, quando arte passou a ser visto como "uma faculdade especial da mente humana para ser classificada no meio da religião e da ciência".

A arte existe desde que há indícios do ser humano na Terra. Ao longo do tempo, a função da arte tem sido vista como um meio de espelhar nosso mundo (naturalismo), para decorar o dia-a-dia e para explicar e descrever a história e os diversos eus que existem dentro de um só ser (como pode ser visto na literatura) e para ajudar a explorar o mundo e o próprio homem. Estilo é a forma como a obra artística se mostra, enquanto que Estética é o ramo da Filosofia que explora a arte como fundamento.

Uma obra artística só se torna conhecida quando algo a faz ficar diante de um dos sentidos do ser humano. Os avanços tecnológicos contribuem de uma forma colossal para criar acessibilidade entre a pessoa que deseja desfrutar da arte e a própria arte. A pessoa e a obra se unem então, por diversos meios, como os rádios (para a música), os museus (para pinturas, esculturas e manuscritos), e a televisão, que talvez seja, entre esses itens citados, o que mais capacidade tem para levar a obra artística a um número grande de interessados, por utilizar diversos sentidos (visão, audição) e por utilizar também satélite. A própria Internet é fonte de transmissão entre a obra e o interessado, com sites (que distribuem E-books e por softwares especializados em conectar o computador do usuário a uma rede com diversos outros computadores.

Entretanto, exploradores, comerciantes, vendedores e artistas de público (palhaços, malabaristas, ator, etc.) também costumam apresentar ao público as obras, nos mais diversos lugares, de acordo com suas funções. A arqueologia transmite ideias de outras culturas; a fotografia é uma forma de arte e está acessível por todos os cantos do mundo; e também por almanaques, enciclopédias e volumes em geral é possível conhecer a arte e sua história. A arte está por todos os cantos, pois não se restringe apenas em uma escultura ou pintura, mas também em música, cinema e dança.

O ser que faz arte é definido como o artista. O artista faz arte segundo seus sentimentos, suas vontades, seu conhecimento, suas ideias, sua criatividade e sua imaginação, o que deixa claro que cada obra de arte é uma forma de interpretação da vida.

A inspiração seria o estado de consciência que o artista atinge, no qual vê a percepção, a razão e emoção encontram-se combinados de forma parte para realizar suas melhores obras. Seria o insight de algumas teorias da psicologia.

Escultura: Davi, de Michelangelo.Ernst Gombrich, famoso historiador de arte, afirmou que nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte. Existem somente artistas.

Arte é um fenômeno cultural. Regras absolutas sobre arte não sobrevivem ao tempo, mas em cada época, diferentes grupos (ou cada indivíduo) escolhem como devem compreender esse fenômeno.

Fotografia

TeatroArte pode ser sinônimo de beleza, ou de uma beleza transcendente. Dessa forma, o termo passa a ter um caráter subjetivo, qualquer coisa pode ser chamada de arte, desde que alguém a considere assim, não precisando ser limitada à produção feita por um artista. Como foi mencionado, a tendência é considerar o termo arte apenas relacionado, diretamente, à produção das artes plásticas.

Os historiadores de arte buscam determinar os períodos que empregam certo estilo estético, denominando-os por 'movimentos artísticos'. A arte registra as ideias e os ideais das culturas e etnias, sendo assim, importante para a compreensão da história do Homem e do mundo.

Formas artísticas podem extrapolar a realidade, exagerar coisas aceitas ou simplesmente criar novas formas de se observar a realidade.

Em algumas sociedades, as pessoas consideram que a arte pertence à pessoa que a criou. Geralmente consideram que o artista usou o seu talento intrínseco na sua criação. Essa visão (geralmente da maior parte da cultura ocidental) reza que um trabalho artístico é propriedade do artista. Outra maneira de se pensar sobre talento é como se fosse um dom individual do artista. Os povos judeus, cristãos e muçulmanos possuem esta visão sobre a arte.

Outras sociedades consideram que o trabalho artístico pertence à comunidade. O pensamento é levado de acordo com a convicção de que a comunidade deu ao artista o capital social para o seu trabalho. Nessa visão, a sociedade é um coletivo que produz a arte através do artista, que apesar de não possuir a propriedade da arte, é visto com importância para sua concepção. Existem contradições quanto à honra ou ao gosto pela arte, indicando assim o tipo de moral que a sociedade exerce.

Também pode ser definida, mais genericamente, como o campo do conhecimento humano relacionado à criação e crítica de obras que evocam a vivência e interpretação sensorial, emocional e intelectual da vida em todos os seus aspectos.A verdadeira essencia da arte e a do artista poder transformar a realidade de acordo com seus ideais e pensamentos.

Utilidade

Dança

Música: um organista.Uma das características da arte é a dificuldade que se tem em conferir-lhe utilidade. Muitas vezes esta dificuldade em encontrar utilidade para a arte mascara preconceitos contra a arte e os artistas.

O que deve ser lembrado é que a arte não possui utilidade, no sentido pragmatista e imediatista de servir para um fim além dele mesmo. Assim, um quadro não "serve" para outra coisa, como um desenho técnico, como uma planta de engenharia, por exemplo, serve para que se construa uma máquina. Mas isso não quer dizer que a arte não tenha uma função.

A arte possui a função transcendente, ou seja, manchas de tinta sobre uma tela ou palavras escritas sobre um papel simbolizam estados de consciência humana, abrangendo percepção, emoção e razão (segundo Charles S. Peirce, fundador da semiótica). Essa seria a principal função da arte.

A arte também é usada por terapeutas, psicoterapeutas e psicólogos clínicos como terapia. Nise da Silveira foi uma importante psiquiatra brasileira, aluna de Carl Jung, que utilizou com sucesso em seus pacientes, a partir de 1944, a arte a partir da terapia ocupacional. Graças a este trabalho, fundou o Museu do Inconsciente, em 1952, no Rio de Janeiro.

Paul McCartney, ex-Beatle, diz que a música é capaz de curar. Ele afirmou que em uma de suas visitas a um hospital que realiza tratatamento de autistas, estes respondiam quando se dedilhava algo no violão. Sabe-se que as pessoas vítimas de autismo respondem muito pouco a estímulos externos, de acordo com o grau de autismo.

A arte pode trazer indícios sobre a vida, a História e os costumes de um povo, inclusive dos povos e nações já extintos. Assim, conhecemos várias civilizações por meio de sua arte, como a egípcia, grega antiga e muitas outras. A História da Arte é a disciplina que estuda as manifestações artísticas da humanidade através dos séculos.

Grafite e outros tipos de arte de rua são gráficos e imagens pintadas por spray. São vistos pelo público em paredes de edifícios, em ônibus, trens, pontes e, normalmente sem permissão do governo. Este tipo de arte faz parte de diversas culturas juvenis. Nos EUA, na cultura hip-hop, são comumemente usadas para a expressão de opiniões sobre política, e outras vezes trazem mensagens de paz, de amor e união.

A arte, como qualquer outra manifestação cultural humana, pode ser utilizada para a coesão social, reafirmando valores, ou os criticando, de acordo com a civilização.

Assim, a arte é utilizada como instrumento de moralização, doutrinação política e ideológica, assim como ferramenta na educação em vários campos do conhecimento, desde o ensino básico até o treinamento de funcionários em empresas. Segundo a sistematização de conhecimento artístico e fisiológico sobre o funcionamento do cérebro realizado por Betty Edwards, principalmente a partir de sua obra Desenhando com o lado direito do cérebro, as habilidades artísticas são regidas pelo lado direito do cérebro, e a lógica e outras habilidades ligadas à racionalidade são regidas pelo lado esquerdo. A utilização da arte como ferramenta pedagógica seria uma forma de utilizar os dois lados do cérebro, de forma complementar para um aprendizado mais eficaz.

As obras de arte também podem fazer críticas a uma sociedade. Les Misérables, de Victor Hugo, é um exemplo de obra literária que critica a sociedade francesa do início do século XIX. A obra do pintor espanhol Goya, Os fuzilamentos de 3 de maio é outro exemplo disso.

A interpretação da obra depende do observador. Portanto, inversamente a própria subjetividade da arte demonstra a sua importância no sentido de facilitar a troca e discussão de ideias rivais, ou para prestar um contexto social em que diferentes grupos de pessoas possam reunir e misturar-se.

Arte: classe e valor

Pormenor da fachada do jardim de Versailles: influência por toda a Europa.

Aspecto de uma das galerias do Hermitage.A arte é entendida por alguns como um pertence de apenas algumas classes sociais, principalmente das mais ricas. Esta definição exclui a classe inferior, em questão financeira. Nesse contexto, a arte é vista como uma atividade de classe superior associada à riqueza, a capacidade de venda e compra de arte, o lazer e o prazer para desfrutar de uma obra. Por exemplo, o Palácio de Versailles ou o Hermitage, em São Petersburgo, com sua vasta coleção de arte, acumuladas pela realeza da Europa exemplificam esta visão. Coletando tal arte é o de preservar o rico, ou de Governos e instituições.

Entretanto, tem havido um empurrão cultural na outra direção, pelo menos desde 1793, quando o Louvre, que tinha sido um palácio privado dos Reis de França, foi aberta ao público como museu de arte durante a Revolução Francesa. A maioria dos museus públicos modernos e arte programas educacionais para as crianças nas escolas pode ser rastreada até este impulso de mostrar a arte a todos. Nos Estados Unidos, há museus de todos os tipos: dos mais ricos, até os mais públicos, como acontece no Brasil, e em Portugal.

Há tentativas de criar arte que não podem ser compradas pelos ricos, como se fossem objeto de um estatuto. No final dos anos 1960 e 1970 foi justamente isto: criar arte que não podia ser comprada e/ou vendida. "É necessário apresentar algo mais do que meros objectos", disse que o grande artista pós-guerra alemão Joseph Beuys. Este período viu o surgimento de coisas como arte performática, vídeo arte e arte conceitual. A ideia era que, se o trabalho artístico foi um desempenho que iria deixar nada para trás, ou era simplesmente uma ideia, não podia ser comprada e vendida.

Muitas dessas performances de criar obras que são apenas compreendido pela elite, resultaram nas razões pelas quais uma ideia ou vídeo ou um aparente "pedaço de lixo" pode ser considerado arte.

Estilo

As artes criativas são muitas vezes divididas em mais categorias específicas, tais como artes decorativas, artes plásticas, artes do espectáculo, ou literatura. Assim, por exemplo, pintura é uma forma de arte visual, e a poesia é uma forma de arte literária.

Uma forma de arte é uma forma específica de expressão artística para tomar, é um termo mais específico do que arte em geral, mas menos específico do gênero.
Alguns exemplos incluem:

Arquitectura

Artes cénicas

Arte digital

Arte-educação

Artes plásticas

Artes visuais

Banda desenhada

Cinema

Dança

Desenho

Escultura

Graffiti

Fotografia

Literatura (Poesia e Prosa)

Música

Pintura

Poesia

Teatro

As mídias (meios) para uma obra de arte ser construída são as mais diversas. Precisa-se de materiais propícios para ela ser realizada pelo artista. Assim, por exemplo, pedra e bronze são duas mídias capazes de construir uma obra de arte, como, no caso, uma escultura. A música e a poesia usam o som, a pintura usa tintas, telas, cores, óleo.

Detalhe da famosa pintura Mona Lisa, onde Leonardo da Vinci utilizou o sfumato, um tipo de material para dar sensação de forma, volume e profundidade. Repare os lábios e as bochechas.

Um estilo de arte digital, onde o material usado é completamente diferente do material que se usa para uma tela.Um gênero artístico é o conjunto de convenções e estilos dentro de uma forma de arte e mídia. Por exemplo, o Cinema possui uma gama de gêneros: filmes ocidentais, filmes de horror, comédia, romance. É assim também na literatura. Na música, há centenas de gêneros musicais, que variam de região, cultura e etc., e vão desde rock, até Mpb. Na pintura, as correntes de artistas (como o Naturalismo), incluem paisagem ou cotidiano (ruas, pessoas em suas atividades diárias, etc.).

As estruturas compositivas de uma obra (arranjo de formas, cores, ritmo, texturas, e linhas) são as estruturas que expressarão as ideias e as emoções que a obra passar, segundo os olhos do espectador. Diante de um quadro, cada espectador terá uma sensação, de acordo com sua disposição, seus conhecimentos e seus gostos.

Imagine-se que você é um crítico de arte cuja missão consiste em comparar os significados que você encontra em uma ampla gama de diferentes trabalhos artísticos. Como você irá executar sua missão? Uma maneira de começar o trabalho é separar, por grupos, que tipo de mídia usa-se em cada trabalho artístico: é um vídeo?, é através do som?, é pela escrita?, e assim por diante. Os materiais de uma arte são tão importantes quanto a arte em si; um exemplo é uma escultura que foi realizada com bronze: ela não tem a mesma estética de uma escultura que fora realizada à pedra, embora a forma seja a mesma. Assim, outro exemplo é uma música que utiliza guitarras: o som desta música não será o mesmo de uma música que apenas utilize piano, embora a melodia continue sendo a mesma. Portanto, sendo um crítico de arte cuja missão é comparar os significados de cada obra artística, há um outro passo interessante: você pode analisar a forma como os materiais em cada obra tornaram-se a arte pronta. O sfumato, na Mona Lisa, deu um toque especial no rosto da figura pintada no quadro. Analisar como cada material é importante para a composição da obra, é uma forma de conhecer mais profundamente a obra.

Mas, no final, você iria concluir que a maioria das obras de arte não são um conjunto de materiais e mídias, e estética. Cada obra de arte é mais que isso, pois os materiais são utilizados de acordo com a técnica de cada artista e, no final, suas interpretações envolveriam também uma discussão sobre ideias e sentimentos que o trabalho artístico quis propor.

Conservação e restauro

Juízo Final de Miguel Ángel antes da restauração.

Juízo Final durante a restauração.

Juízo Final depois da restauração.A conservação e restauro de obras de arte é uma atividade que tem por objeto a reparação ou atuação preventiva de qualquer obra que, devido a sua antiguidade ou estado de conservação, seja necessária uma intervenção para preservar sua integridade física, assim como seu valor artístico, respeitando ao máximo a essência original da obra.

Citação: A restauração deve se dirigir ao reestabelecimento da unidade potencial da obra de arte, sempre que isso seja possível sem cometer uma falsificação artística ou uma falsificação histórica, e sem apagar pegada alguma do transcurso da obra de arte através do tempo. escreveu: «Cesare Brandi, Teoría de la restauración (1988).

Na arquitetura, a restauração é apenas do tipo funcional, para preservar a estrutura e unidade do edifício, ou reparar rachaduras ou pequenos defeitos que podem surgir nos materiais. Até o século XVIII, as restaurações arquitetônicas só preservavam as obras de culto religioso, dado seu caráter litúrgico e simbólico, reconstruindo outro tipo de edifício sem respeitar sequer o estilo original. Por fim, desde o auge da arqueologia ao final do século XVIII, especialmente com as excavações de Pompeya e Herculano, se tendeu a preservar a medida do possível qualquer estrutura do passado, sempre e cquando tivesse um valor artístico e cultural. Ainda assim, no século XIX os ideais românticos levaram a buscar a pureza estilística do edifício, e a moda do historicismo levou a planejamentos como os de Viollet-le-Duc, defensor da intervenção em monumentos com base em um certo ideal estilístico. Na atualidade, se tende a preservar ao máximo a integridade dos edifícios históricos.

Na área da pintura, se tem evoluído desde uma primeira perspectiva de tentar recuperar a legibilidade da imagem, acrescentando se fosse necessário partes perdidas da obra, a respeitar a integridade tanto física como estética da obra de arte, fazendo as intervenções necessárias para suas conservação sem que se produza uma transformação radical da obra. A restauração pictórica adquiriu um crescente impulso a partir do século XVII, devido ao mal estado de conservação de pinturas a fresco, técnica bastante corrente na Idade Média e no Renascimento. Do mesmo modo, o aumento do mercado de antiguidades proporcionou a restauração de obras antigas caras a sua posterior comercialização. Por último, a escultura tem sido uma evolução paralela: desde a reconstrução de obras antigas, geralmente em relação a membros mutilados (como a reconstrução do Laocoonte em 1523-1533 por parte de Giovanni Angelo Montorsoli), até a atuação sobre a obra preservando sua estrutura original, mantendo em caso necessário um certo grau de reversibilidade da ação praticada.

Sociologia da arte

La Libertad guiando al pueblo (1830), de Eugène Delacroix.A sociologia da arte é uma disciplina das ciências sociais que estuda a arte desde uma abordagem metodológica baseada na sociologia. Seu objetivo é estudar a arte como produto da sociedade humana, analisando os diversos componentes sociais que contribuem para a gênese e difusão da obra artística. A sociologia da arte é uma ciência multidisciplinar, recorrendo para suas análises a diversas disciplinas como a cultura, a política, economia, antropologia, linguística, filosofia, e demais ciências sociais que influenciam no desenvolvimento da sociedade. Entre os diversos objetos de estudo da sociologia da arte se encontram vários fatores que interveem desde um ponto de vista social na criação artística, desde aspectos mais genéricos como a situação social do artista ou a estrutura sociocultural do público, até mais específicos como o mecenato, o mercantilismo e comercialização da arte, as galerias de arte, a crítica de arte, colecionadores, museografia, instituições e fundações artísticas, etc.[4] Também cabe destaque no século XX a aparição de novos fatores como o avanço da difusão dos meios de comunicação, a cultura de massas, a categorização da moda, a incorporação de novas tecnologias ou a abertura de conceitos na criação material da obra de arte (arte conceitual, arte de ação).

A sociologia da arte deve seus primeiros passos a interesses de diversos historiadores pela análise do ambiente social da arte desde metade o século XIX, especialmente após a criação do positivismo como método de análise científica da cultura, e a criação da sociologia como ciência autônoma por Auguste Comte. No entanto, a sociologia da arte se desenvolveu como disciplina própria durante o século XX, com sua própria metodologia e seus objetos de estudo determinados. O ponto de partida dessa disciplina é geralmente situado imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, com a aparição de diversas obras decisivas no desenvolvimento dessa corrente disciplinas: Arte e revolução industrial, de Francis Klingder (1947); A pintura florentina e seu ambiente social, de Friedrih Antal (1948); e História social da literatura e a arte, de Arnold Hauser (1951). No seu início, a sociologia da arte esteve estritamente vinculada ao marxismo - como os próprios Hauser e Antal, ou Nikos Hadjinikolaou, autor de História da arte e luta de classes (1973) - embora, em seguida, se distanciou dessa tendência para adquirir autonomia própria como ciência. Outros autores destacados dessa disciplina são Pierre Francastel, Herbert Read, Francis Haskell, Michael Baxandall, Peter Burke e Giulio Carlo Argan.

Psicologia da arte

Autorretrato con la oreja cortada (1889), de Vincent van Gogh. El psicoanálisis permite comprender ciertos aspectos de la personalidad del artista.A psicologia da arte é a ciência que estuda os fenômenos da criação e apreciação artística desde uma perspectiva psicológica. A arte é, como manifestação da atividade humana, suscetível a ser analisada de forma psicológica, estudando os diversos processos mentais e culturais que ocorrem durante a criação da arte, tanto em sua criação como em sua recepção por parte do público. Por outro lado, como fenômeno da conduta humana, pode servir como base de análise da consciência humana, sendo a percepção estética um fator distintivo do ser humano como espécie, que o diferencia dos animais. A psicologia da arte é uma ciência interdisciplinar, que deve recorrer fortemente a outras disciplinas científicas para poder efetuar sua análise, desde -logicamente- a história da arte, até a filosofia e a estética, passando pela sociologia, antropologia, neurobiologia, etc. Também está estritamente conectada com o resto dos ramos da psicologia, desde a psicoanálise até a psicologia cognitiva, evolutiva ou social, passando pela psicobiologia e os estudos de personalidade. Assim mesmo, a nível fisiológico, a psicologia da arte estuda os processos básicos da atividade humana -como a percepção, a emoção e a memória-, assim como as funções superiores do pensamento e da linguagem. Entre seus objetos de estudo se encontram tanto a percepção de cor (recepção retiniana e processamento do córtex) e a análise da forma, como os estudos sobre a criatividade, capacidades cognitivas (símbolos, ícones), e a arte como terapia. Para o desenvolvimento dessa disciplina foram essenciais as contribuições de Sigmund Freud, Gustav fechner, a escola de Gestalt (dentro da qual se destacam os trabalhos de Rudolf Arnheim), Lev Vygotski, Howard Gardner, etc.

Uma das principais correntes da psicologia da arte tem sido a Escola de Gestalt, que afirma que estamos condicionados pela nossa cultura -em sentido antropológico-, e que a cultura condiciona nossa percepção. Toma como ponto de parte a obra de Karl Popper, que afirma que na apreciação estética há um pouco de insegurança (gosto), que não tem base científica e não se pode generalizar; levamos uma ideia preconcebida ("hipótese prévia"), que faz com que encontremos no objeto o que buscamos. Segundo a Gestalt, a mente configura, através de certas leis, os elementos que chegam a ela através dos canais sensoriais (percepção) ou da memória (pensamento, inteligência e resolução de problemas). Em nossa experiência do meio ambiente, esta configuração tem um caráter primário sobre os elementos que a compõem, e a soma desses últimos por si próprios não poderia nos levar, portanto, a compreensão do funcionamento mental. Se fundamentam na noção de estrutura, entendida como um todo significativo de relações entre estímulos e respostas, e tentam entender os fenômenos em sua totalidade, sem esperar os elementos do conjunto, que formam uma estrutura integrada fora da qual esses elementos não teriam significado. Seus principais expoentes foram Rudolf Arnheim, Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka y Kurt Lewin.

Crítica de arte

Denis Diderot, considerado o pai da crítica de arte.A crítica de arte é um gênero, entre literário e acadêmico, que faz uma avaliação sobre as obras de arte, artistas ou expositores, em princípio de forma pessoal e subjetivo, mas baseando-se na História da arte e suas múltiplas disciplinas, avaliando-se a arte segundo seu contexto ou evolução. É avaliativa, informativa e comparativa, escrita de forma concisa e amena, sem pretender ser um estudo acadêmico mas apontando dados empíricos e testáveis. Denis Diderot é considerado o primeiro crítico de arte moderno, por seus comentários sobre as obras de arte expostas nos salões de Paris, realizados nos salões do Museu do Lovre desde 1725. Esses salões, abertos ao público, atuaram como centro difusor de tendências artísticas, propiciando modas e gostos em relação a arte, assim foram objeto de debate e crítica. Diderot escreveu suas impressões sobre esses salões primeiro em uma carta escrita em 1759, que foi publicada na correspondência literária de Frédéric-Melchior Grimm, e desde então até 1781, sendo o ponto de partida desse gênero.

No início da crítica de arte tem que se avaliar, por um lado, o acesso do público a essas exposições artísticas, que junto com a proliferação dos meios de comunicação em massa desde o século XVIII produziram uma via de comunicação direta entre o crítico e o público a que se dirige. Por outro lado, o auge da burguesia como classe social que inventou a arte como objeto de ostentação, e o crescimento do mercado artístico que levou consigo, proporcionaram um ambiente social necessário para a consolidação da crítica artística. A crítica de arte tem estado geralmente vinculada ao periodismo, exercendo um trabalho de porta-voz do gosto artístico que, por um lado, lhes tem conferido um grande poder, ao ser capaz de afundar ou elevar a obra de um artista, mas por outro lado lhes tem feito objeto de ferozes ataques e controversas. Outro ponto a ressaltar é o caráter de atualidade da crítica da arte, já que se centra em um contexto histórico e geográfico no qual o crítica realiza seu trabalho, imersa em um fenômeno cada vez mais dinâmico como é o das correntes de moda. Assim, a falta de historicidade para emitir um juízo sobre as bases consolidadas leva a crítica de arte a estar frequentemente sustentada na intuição do crítico, como um fator de risco que leva consigo. Por fim, como disciplina sujeita a seu tempo e a evolução cultural da sociedade, a crítica de arte sempre revela um componente do pensamento social no qual se vê imersa, existindo assim diversas correntes de crítica de arte: romântica, positivista, fenomenológica, semiológica, etc.

Citação: Para ser justa, ou melhor, para ter sua razão de ser, a crítica deve ser parcial, apaixonada, política; isto é: deve adotar um ponto de vista exclusivo, mas um ponto de vista exclusivo que abra ao máximo os horizontes. escreveu: «Charles Baudelaire, Salón de 1846.

Entre os críticos de arte tem havido desde famosos escritores até os próprios historiadores de arte, que muitas vezes tem passado de análises metodológicas a crítica pessoal e subjetiva, conscientes de que são uma arma de grande poder hoje em dia. Podem ser citados Charles Baudelaire, John Ruskin, Oscar Wilde, Émile Zola, Joris-Karl Huysmans, Guillaume Apollinaire, Wilhelm Worringer, Clement Greenberg e Michel Tapié.

Historiografia da arte

Johann Joachim Winckelmann, considerado o pai da História da arte.A historiografia da arte é a ciência que analisa o estudo da História da arte, desde um ponto de vista metodológico, ou seja, da forma como o historiador realiza o estudo da arte, as feramentas e disciplinas que podem ser usadas para esse estudo. O mundo da arte sempre tem levado em paralelo um componente de auto-reflexão, desde antigamente os artistas, e outras pessoas a seu redor, tem escrito diversas reflexões sobre sua atovodade. Vitruvio escreveu o tratado sobre a arquitetura mais antigo que se conserva, De ARchitectura. Sua descrição das formas arquitetônicas da antigudade grecorromana influenciaram p Renascimento, sendo por sua vez uma importante fonte documental para as informações sobre a pintura e escultura grega e romana..[12] Giorgio Vasari, em Vida dos mais excelentes arquitetos, pintores e escultores italianos desde Cimabue até nossos tempos (1542-1550), foi um dos predecessores da historiografia da arte, fazendo uma crônica dos principais artistas de seu tempo, pondo especial ênfase na progressão e no desenvolvimento da arte. No entanto, estes escritos, geralmente crônicas, inventários, biografias ou outros escritos mais ou menos literários, careciam de perspectiva histórica e o rigor científico necessários para serem considerados historiografia da arte.

Johann Joachim Winckelmann é considerado o pai da História da arte, criando uma metodologia científica para a classificação das artes e baseando a História da arte em uma teoria estética de influência neoplatônica: a beleza é o resultado de uma materialização da ideia. Grande admirador da cultura grega, postulou que na Grécia antiga se deu a beleza perfeita, gerando um mito sobre a perfeição da beleza clássica que ainda condiciona a perfeição da arte hoje em dia. Em Reflexão sobre a imitação das obras de arte gregas (1755) afirmou que os gregos chegaram a um estado de perfeição total na imitação da natureza, e assim nós agora só podemos imitar os gregos. Assim mesmo, relacionou a arte com as etapas da vida humana (infância, idade adulta, velhice), estabelecendo uma evolução da arte em três estilos: arcaico, clássico e helenístico.

Durante o século XIX, a nova disciplina buscou uma formulação mais prática e rigorosa, especialmente desde a aparição do positivismo. No entanto, essa tarefa foi abordada por diversas metodologias que trouxeram uma grande variedade de tendências historiográficas: o romanticismo impôs uma visão historicista e revivalista do passado, resgatando e pondo em moda novamente estilos artísticos que haviam sido desvalorizados pelo neoclassicismo winckelmanniano; assim o vemos na obra de Ruskin, Viollet-le-Duc, Goethe, Schlegel, Wackenroder, entre outros. Em vez disso, a obra de autores como Karl Friedrich von Rumohr, Jacob Burckhardt e Hippolyte Taine, foram a primeira tentativa séria de formular uma História da arte com base em critérios científicos, baseando-se em análises críticas das fontes historiográficas. Por outro lado, Giovanni Morelli introduziu o conceito de connoisseur, o especialista em arte, que a analisa com base tanto em seus conhecimentos como em sua intuição.

A primeira escola historiográfica de grande relevância foi o formalismo, que defendia o estudo da arte a partir do estilo, aplicando uma metodologia evolucionista que defendia a arte uma autonomia longe de qualquer consideração filosófica, rejeitando a estética romantica e o ideal hegeliano, e se aproximando do neokantismo. Seu primeiro teórico foi Heinrich Wölfflin, considerado o pai da moderna História da arte. Ele aplicou a arte critérios científicos, como o estudo psicológico ou o método comparativo: definia os estilos por suas diferenças estruturais inerentes aos mesmos, como argumentou em sua obra Conceitos fundamentais da História da Arte (1915). Wölfflin não atribuiu importância às biografias dos artistas, defendendo por outro lado a ideia de nacionalidade, de escolas artísticas e estilos nacionais. As teorias de Wölfflin foram continuadas pela chamada Escola de Viena, com autores como Alois Riegl, Max Dvořák, Hans Sedlmayr e Otto Pächt.

Já no século XX, a historiografia da arte tem continuado dividida entre múltiplas tendências, desde autores ainda enquadrados no formalismo (Roger Fry, Henri Focillon), passando pelas escolas sociológica (Friedrich Antal, Arnold Hauser, Pierre Francastel, Giulio Carlo Argan) ou psicológica (Rudolf Arnheim, Max Wertheimer, Wolfgang Köhler), até perspectivas individuais e sintetizadores como as de Adolf Goldschmidt o Adolfo Venturi. Uma das escolas mais reconhecidas tem sido a da iconologia, que centra seus estudos na simbologia da arte, no significado da obra artística. Através do estudo de imagens, emblemas, alegorias e demais elementos de significado visual, pretendem esclarecer a mensagem que o artista pretendeu transmitir em sua obra, estudando a imagem desde postulados mitológicos, religiosos ou históricos, ou de qualquer índole semântica presente em qualquer estilo artístico. Os principais teóricos desse movimento foram Aby Warburg, Erwin Panofsky, Ernst Gombrich, Rudolf Wittkower y Fritz Saxl.

História

Desenho em Lascaux, França: local famoso por sua arte rupestre.Ver artigo principal: História da Arte

O método formalista mais antigo, entende que a obra de arte se dá pelas formas e sua compreensão .

O método histórico entende que a obra de arte é um fato histórico, portanto reflexo e ação em um determinado contexto histórico.

O método sociológico entende a obra de acordo com o estudo da sociedade a qual ela pertence.

O método iconográfico entende a obra pelos ícones e símbolos que ela carrega.

Se formos analisar a arte ao longo da história, podemos começar pela Arte da Pré-História, que é o período onde se mostram as primeiras demonstrações de arte que se tem notícia na história humana. Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões. Apesar do desenvolvimentos primitivo, podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das figuras). Apesar de serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso deles é o das cavernas de Lascaux, na França.

Se pularmos um bocado, chegaremos à Arte do Antigo Egipto, o palco para uma das mais interessantes descobertas do ser humano. A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objectos e das estruturas.

Catedral de Chartres - exemplo de Arquitetura gótica.

Os criadores do legado egípcio chegam aos nossos dias anónimos, sendo que só em poucos casos se conhece efectivamente o nome do artista. Tão pouco se sabe sobre o seu carácter social e pessoal, que se crê talvez nem ter existido tal conceito no grupo artístico de então. Por regra, o artista egípcio não tem um sentido de individualidade da sua obra, ele efectua um trabalho consoante uma encomenda e requisições específicas e raramente assina o trabalho final. Também as limitações de criatividade impostas pelas normas estéticas, e as exigências funcionais de determinado empreendimento, reduzem o seu campo de actuação individual e, juntamente com o facto de ser considerado um executor da vontade divina, fazem do artista um elemento de um grupo anónimo que leva a cabo algo que o transcende.

As grandes tradições na arte têm um fundamento na arte de uma das grandes civilizações antigas: Antigo Egito, Mesopotâmia, Pérsia, Índia,China, Grécia Antiga, Roma, ou Arábia (antigo Iêmen e Omã). Cada um destes centros de início civilização desenvolveu um estilo único e característico de fazer arte. Dada a dimensão e duração dessas civilizações, mais das suas obras de arte têm sobrevivido e mais da sua influência foi transmitida a outras culturas e tempos mais tarde. O período da arte grega viu uma veneração da forma física humana eo desenvolvimento de competências equivalentes para mostrar musculatura, pose, beleza e anatomia em geral.

Retrato de Celso Lagar, uma pintura do Expressionismo, pintada por Amedeo Modigliani.A arte gótica surgiu tempos depois, já na Arte pré-românica. Os monumentos construídos nessa época marcaram todo um modo especial de criar arquitetura e desenvolveu métodos preciosos e estilos definidos como sombrios e macabros.

A Arte Bizantina e a gótica da Idade Média ocidental, mostraram uma arte que centrou-se na expressão das verdades bíblicas e não na materialidade. Além disto, enfatizou métodos que mostram a glória em mundos celestes, utilizando o uso de ouro em pinturas, ou mosaicos.

A Renascença ocidental deu um retorno à valorização do mundo material, bem como o local de seres humanos, e mesmo essa mudança paradigmática é refletida nessa arte, o que mostra a corporalidade do corpo humano, bem como a realidade tridimensional da paisagem.

A pop art é completamente caracterizada como algo de humor e muito diferente da arte antiga, pois retrata, de maneira irônica, o que utilizamos nos dias de hoje, só que com outros tamanhos, ambientes e formas.Os ocidentais do Iluminismo no século 18 faziam representações artísticas de modo físico e racional sobre o Universo, bem como visões de um mundo pós-monarquista, como a pintura que William Blake fez de um Newton divino. Isto reforçou a atenção ao lado emocional e à individualidade dos seres, exemplificados em muitos romances de Goethe. O século 19, em seguida, viu uma série de movimentos artísticos, tais como arte acadêmica, simbolismo, impressionismo, entre outros.

O aumento de interação global durante este tempo fez uma grande influência de outras culturas na arte ocidental, como Pablo Picasso sendo influenciado pela cultura da África. Do mesmo modo, o Ocidente tem tido enorme impacto sobre arte oriental no século XIX e no século XX, com ideias ocidentais originalmente como comunismo e Pós-Modernismo exercendo forte influência sobre estilos artísticos.

O Modernismo baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassados, e que fazia-se fundamental deixá-los de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a ideia de re-examinar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar as suas visões-de-mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo. No modernismo, surgiu vários estilos, os mais destacados são Expressionismo, Simbolismo, Impressionismo, Realismo, Naturalismo, Cubismo e Futurismo, embora tenham sido desenvolvidos diversos outros.

Atualmente, na Arte Contemporânea (surgida na segunda metade do século XX e que se alonga até os dias atuais), encontramos, entre outros estilos secundários, a Pop Art.

Características

A arte tende a facilitar a compreensão intuitiva, em vez de racional, e normalmente é, conscientemente, criada com esta intenção. As obras de arte são imperceptíveis, escapam de classificação, porque elas podem ser apreciadas por mais de uma interpretação.

Tradicionalmente, os maiores sucessos artísticos demonstram um alto nível de capacidade ou fluência dentro de outras obras, por isso se destacam.

Habilidade

Uma escultura do Antigo Egito: Note que o artista precisou utilizar uma percepção da forma que iria fazer para a obra sair com o resultado de um rosto.A arte pode utilizar a imagem para comover, emocionar, conscientizar; ou palavras profundas para se apaixonar por um certo poema ou livro. Basicamente, a arte é um ato de expressar nossos sentimentos, pensamentos e observações. Existe um entendimento de que é alcançado com o material, como resultado do tratamento, o que facilita o seu processo de entendimento.

A opinião comum diz que para se fazer uma arte que tenha como resultado uma obra de qualidade, é preciso uma especialização do artista, para ele alcançar um nível de conhecimento sobre a demonstração da capacidade técnica ou de uma originalidade na abordagem estilística. Notamos nas peças de Shakespeare uma profunda análise de psicologia sobre os personagens, como em Hamlet.

As críticas quanto à algumas obras, deve-se muitas vezes, segundo o crítico, à falta de habilidade ou capacidade necessária para a produção do objeto artístico. Habilidade e capacidade necessária para a produção do tal objeto são dois itens completamente importantes. No entanto, é importante definir que nem toda obra de arte vale através da arte. Vemos, como exemplo, a obra My Bed, da artista britânica Tracey Emin. A cama demonstra desorganização. A artista usou pouco ou nenhum reconhecido tradicional de conjunto de competências, embora tenha demonstrado uma nova habilidade (diferente do mais comum, que seria uma cama arrumada).

A montagem dos materiais de uma obra requer técnica e criatividade e também conhecimento. Um exemplo é um dramaturgo ter em mente que o material que usará para criar sua peça de teatro será a palavra e um aprofundamento sobre as personagens, o enredo e etc. Depois disto, basta usar toda sua criatividade e conhecimento para ir moldando o texto da peça.

Estética

A beleza de uma obra torna-a mais destacada quando é comparada às outras. O material usado pelo artista e suas técnicas são o que tornam uma obra de arte bonita, com uma boa aparência. Entretanto, é importante destacar novamente a obra My Bed, de Tracey Emin, onde a cama não possui uma beleza comum, embora apresente uma situação.

A estética é fundamental numa obra de arte. Vemos como exemplo a arquitetura com seus edifícios majestosos, grandes, esbeltos, o que faz com que as pessoas admirem. Assim é também com um bom conto, em questão de literatura, e com uma boa pintura. Como já foi falado, o material usado é o que irá mostrar a beleza da arte.

É importante ter um estudo mais profundo sobre a estética. Conseguimos isso separando quais conceitos formam a estética, a começar pela beleza. A beleza é uma percepção individual caracterizada normalmente pelo que é agradável aos sentidos. Esta percepção depende do contexto e do universo cognitivo do indivíduo que a observa. O belo depende muito da sociedade e de suas crenças. Um exemplo disto é o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral. Para ela, a figura do quadro era um monstro e para a maioria das pessoas. Mas por quê? Será que por que não corresponde ao padrão de beleza da nossa sociedade? Na época de Leonardo da Vinci, as mulheres eram tidas bonitas quando eram rechonchudas. Exemplo disto é a Mona Lisa.

Outro aspecto da estética é o equilíbrio. O equilíbrio se encontra quando todos os elementos que compõe a imagem estão organizados de tal forma que nada é enfatizado, todos passando uma sensação de equilíbrio visual. O equilíbrio é mais utilizado nas pinturas. O que influencia o equilíbrio são as cores, as imagens, as superfícies, os tamanhos e as posições dos itens presentes na pintura, ou numa outra arte plástica. Reflita sobre um quadro cujo desenho seja um horizonte, o pôr do sol e um lindo mar refletindo a luz alaranjada do sol. No fundo do mar, há um enorme navio, quase ocupando todo o espaço do quadro. Esta figura, o navio, dá ou não dá equilíbrio à pintura como um todo? Se não, o que seria necessário fazer para dar mais equilíbrio? Por qual motivo a figura do navio é enorme?

Harmonia é relacionada à beleza, à proporção e também à ordem. Um exemplo, é a música: todos os ritmos precisam estar bem delineados, bem ordenados para que haja uma harmonia, uma beleza no som. Quanto ao design, podemos definir harmonia como efeito da composição de formas, não de maneira aleatória, mas de modo que contornos e enchimentos sejam bem definidos, variando segundo um grau de importância pré-estabelecido e se relacionando ao esquema geral da organização do objeto. Este objeto pode ser um quadro, um site, enfim, qualquer entidade que esteja sendo composta por partes (engrenagens) menores.

Na escultura e na arquitetura, a forma também é uma das coisas mais importantes. Nas esculturas de Michelangelo, ou nas de Rodin, como, por exemplo, Davi, notamos que é um ser ali esculpido e este ser possui um corpo. Portanto, a forma do corpo precisa ser bem definida, bem adquirida para que se assemelhe a um corpo humano. NO entanto, se o escultor for esculpir um monstro, como exemplo, é preciso haver a mesma coisa, embora ele tenha em mente um corpo totalmente diferente do comum.

O que define uma obra como esteticamente bonita e importante, além dos recursos que fora usado nela e de suas técnicas, é também seu valor, o que veremos a seguir.

Valor

O Pensador, de Rodin: o que a levou ter o valor que tem hoje?.Uma outra característica da arte é o valor. Esta vem depois de sua realização pelo artista. É quando já está exposta ao público. Aqui, não é discutido especialmente a estética, e sim o valor relacionado a importância da obra, segundo a maioria. Podemos exemplificar esse raciocínio com a seguinte pergunta: por qual motivo o quadro Mona Lisa tem um grande valor? Ou até mesmo: por que as obras de Shakespeare são tão famosas e tidas como as melhores do mundo? E até: por que várias músicas do Beatles são tão prestigiadas?

Para começar, é importante relacionar quais elementos tornam uma obra de arte tão glamurosa. Quanto à Mona Lisa e as peças de Shakespeare, podemos notar algo semelhante: um elemento novo até então. Por exemplo: na Mona Lisa, há o sfumato. Nas peças mais famosas de Shakespeare, há técnicas ímpares para o teatro, como, p. exemplo, em Hamlet: o teatro no teatro. As músicas dos Beatles possuem ritmos e melodias pioneiros. Mas será que é apenas um elemento novo que faz uma obra ficar em destaque?

Além da distribuição e divulgação de uma obra, coisas que contribuem bastante para a sua fama, há também um outro item: a forma como a obra é criada e, assim, como ela sobrevive depois de anos. Este item é mais aplicado na literatura, onde diversos romances permanecem prestigiados mesmo depois de muito tempo escritos, por terem um valor social e emocional ainda muito presente no ser humano, como as peças de Shakespeare.

Além disto tudo, quando uma obra influencia outras por conter coisas novas e quando essa mesma obra possui aspectos que atraiam o espectador por algum motivo (seja motivacional, de reflexão, ou outro), ela então se torna valiosa pelos que gostaram.

Texto apenas para curiosidade ...
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Varrendo as energias estagnadas, as energias negativas, tudo que há de ruim na minha vida....

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